quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Projeto Inovador: Uma aplicação no Curso de Licenciatura em Química




Sou aluna do 6° semestre do curso de Licenciatura, e vou compartilhar com vocês o nascimento do projeto, a partir do olhar de quem ajudou a construí-lo. Minha narrativa buscará resgatar um pouco dos diálogos entre as pessoas envolvidas, a fim de proporcionar uma visão mais concreta da nossa experiência.
No final de 2016, no curso de Licenciatura em Química, em uma roda de conversa, nasceu uma proposta de inovação que tornaria a aprendizagem mais significativa com o propósito de colocar os alunos deste curso como protagonistas da própria aprendizagem.
O curso de Licenciatura em Química é oferecido no IFSP, Câmpus Capivari, localizado em cidadezinha do interior Paulista. A ideia de inovação surgiu na disciplina de Didática, oferecida no 4° semestre pela professora Paloma Chaves.
De início a professora foi detalhando ideias inspiradoras para a turma através das explicações sobre as teorias da aprendizagem, e a partir da leitura de livros e artigos, exposição de vídeos de Escolas Inovadoras dentro do próprio Estado de São Paulo. Com tudo isso a turma foi ficando entusiasmada, curiosa e esperançosa diante de tanta informação até então desconhecida.
Um aluno do curso ergueu a mão e perguntou se era possível implantar este modelo de inovação na instituição.
- Verdade, professora! – Concordei.
- Pensando bem, creio que sim, poderíamos fazer um teste na disciplina que ministrarei no 5° semestre, porém terei que consultar minha colega, Thalita Arthur, que dará a disciplina junto comigo – Respondeu a professora.
- Acho que seria interessante pensarmos nessa possibilidade – Argumentou uma aluna.
- Isso mesmo professora, se é bom por que não aplicar na sua disciplina – Relatou outra aluna.
Então a professora de imediato consultou a turma que concordou logo de início com a ideia da implantação do projeto de inovação no curso no componente curricular ou disciplina de “TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação para o Ensino de Química” que seria dado por ela conjuntamente com uma outra professora da instituição no semestre seguinte.
Em uma conversa com a professora Thalita, a professora Paloma falou da discussão que teve durante as aulas que ela ministrava com seus alunos, e que gostaria de mudar sua metodologia tradicional de ensino.
- Que interessante esta ideia! Quero participar! – Respondeu ela.
Nesse mesmo instante apareceu o Carlos, professor e coordenador do curso de Licenciatura em Química, e a professora compartilhou com ele a proposta.
- Por que não? Achei a ideia maravilhosa, aceito participar – Afirmou o coordenador.
- Vamos convocar uma reunião e apresentar o projeto para os demais colegas – Afirmou o coordenador.
Deu-se o início do 1° semestre de 2017, retornando alunos e professores à instituição depois de longas férias.
Entusiasmados com a proposta defendida pelo coordenador, os demais professores que apoiaram testar a inovação na Licenciatura, embora meio receosos.
Primeira semana de aula e todos envolvidos com a experimentação da nova metodologia adotada. Começaram a surgir algumas mudanças, como a preparação da nuvem de objetivos a partir de uma roda de conversa entre alunos e professores do 5° semestre (com base no PPC do curso), a preparação do Roteiro de Aprendizagem e do Planejamento Diário, e a escolha dos Orientadores.
No decorrer do semestre foi perceptível falhas como também avanços no projeto, devido ao processo de adaptação, principalmente dos alunos que se sentiram desconfortáveis fora de sua zona de conforto. Fez-se necessário uma roda de conversa entre alunos e dois orientadores para ouvir a demanda dos alunos.
- Neste momento estamos aqui para ouvirmos vocês a respeito dos pontos positivos e negativos que permeiam o projeto – falou a coordenadora do projeto.
- É necessário que haja uma melhor organização de tempo tanto dos alunos como dos professores – Argumentou uma aluna.
- Sinto necessidade da aula tradicional – falou outro aluno.
- Precisamos de um ambiente mais light – Contribui um aluno.
- Perfeito! Mas acredito que deveria alternar entre aulas e o estudo individual – Ressaltou outro aluno.
- Não gostei do projeto, pois não consigo estudar sozinha preciso estar em sala de aula – Desabafou uma aluna.
- O projeto é muito bom, pois torna a aprendizagem significativa e nós como futuros professores temos que estar aberto a novas metodologias – comentou um outro aluno.
- Sinto por experiência própria que consegui aprender mais depois da implantação do projeto, no entanto ainda não tenho uma crítica definida em relação ao Projeto  – falou outro aluno.
- Eu gosto da flexibilidade que o projeto proporciona para nós, consigo aprender mais, pois sou autora da minha própria aprendizagem. Sinto que estou aprendendo a aprender .
- Como o Projeto de Inovação é flexível penso que nós alunos e também professores podem propor alternativas de aprendizagem que facilite o aprendizado dos alunos – fez uma observação outra aluna.
- Gostei da sugestão da colega! - Disse outra aluna
- O projeto é muito bom, mas precisamos melhorar o horário de atendimento aos alunos, sinto que ficamos meio dispersos– falou outro aluno.
Depois de todos relatarem os pontos fortes e fracos do projeto a professora Paloma se pronunciou, diante dos relatos dos alunos:
- Parabenizo a todos que se pronunciaram! Irei conversar com todos os docentes envolvidos no projeto e em seguida darei uma devolutiva para todos vocês.


Daniela Elide Pereira de Lima
Estudante do 6o Semestre
16/08/2017

4 comentários:

  1. A inovação deste projeto está na riqueza da participação dos envolvidos, na construção coletiva do novo que traz uma melhoria na eficiência do aprendizado de alunos e professores!!! Parabéns a todos que tiveram coragem e disposição de encarar este desafio!

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  2. Parabéns a todas(os) envolvidas(os) no projeto! E parabéns também pelo relato/reflexão!

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